Mirante do Peró

1- Praia do Peró- Bandeira Azul

2-Dunas do Peró

3 - Pontal do Peró

4- História do Pero

Mirante do Peró

PRAIA DO PERÓ

A praia do Peró possui 7,2 km de extensão e é apreciada para a prática do surf e outros esportes náuticos. Possui águas cristalinas e foi apontada através de análise feita pela antiga FEEMA, atual INEA, como a mais limpa da Região dos Lagos.

A pesca é uma atividade habitual e tradicional nas águas da praia do Peró, como atividade econômica, lazer ou subsistência. As dunas douradas acompanham a orla marítima e possui um rico ecossistema com espécies endêmicas.

A praia é parte integrante do Parque Estadual da Costa do Sol Anita Mureb e da Área de Proteção do Pau -Brasil.

  1. PRAIA DO PERÓ – trecho Bandeira Azul

A Praia do Peró no seu trecho urbanizado de 500m recebeu a aprovação do júri internacional do programa “Bandeira Azul”. A decisão foi divulgada dia 20/09/2018 após reunião em Copenhagen, na Dinamarca.

Bandeira Azul é um prêmio ecológico, voluntário, concedido a praias, marinas e embarcações de turismo. Para se qualificar para o Bandeira Azul, uma série de critérios com foco em gestão ambiental, segurança e serviços, turismo sustentável e responsabilidade social devem ser atendidos, mantidos e comprovados anualmente. Receber a Bandeira Azul é conquistar a maior premiação global dedicada à gestão de praias, marinas e embarcações de turismo.

  1. DUNAS DO PERÓ

O campo de Dunas do Peró é um dos mais importantes cartões postais de Cabo Frio. Além do registro eólico, possui fauna e flora endêmica, importante para formação de lagoas e brejos no seu entorno e sítios arqueológicos.

A região de Cabo Frio, em particular a do Peró, atende a todas as exigências naturais para que se forme um campo de dunas: a) baixo volume de chuvas, com média anual de 800mm; b) regime constante intenso de ventos de direção Nordeste, principalmente entre os meses de agosto e novembro; c) muita areia disponível na faixa de areia.

Há 40 anos atrás, o campo de dunas do Peró ocupava uma área de aproximadamente 3,5 km. Hoje as dunas cobrem somente 2,5 km devido a ocupação urbana.

Fonte: www.bandeiraazulbrasil.org.br

  1. PONTAL DO PERÓ

A praia do Pontal do Peró, também conhecida como Praia do Kalunga pela comunidade quilombola, possui relevante beleza cênica e encontra-se no canto esquerdo do Peró fazendo divisa com  o município de Armação dos Búzios.

A região possui uma rica fauna terrestre, sendo possível avistar espécies como a preguiça-de-coleira, mico-leão-dourado, macaco prego, tamanduá-mirim, gato mourisco e cachorro-do-mato. A área também possui avifauna riquíssima, destacando-se o formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis) e gaivotão (Larus dominicanus).

Fonte: www.bandeiraazulbrasil.org.br

Foto: Marta Rocha

 

Atividades: Ecoturismo, turismo histórico cultural, mountain bike, mergulho livre, kite surf e pesca artesanal.

  1. HISTÓRIA DO PERÓ

 

Até a década de 40 do século passado, o Peró não era um bairro, mas era considerado uma zona rural, apesar de suas praias (Peró e Conchas).

Durante o período imperial, no século XIX era usada para desembarcar pessoas escravizadas que vinham da África ilegalmente.

Em 1843, o barco Brilhante foi incendiado na praia do Peró. A tripulação foi abandonada. É a primeira referência que aparece à praia nos jornais antigos.

Em 1850 africanos foram apreendidos ali. Em 1852 o Barco Sagaz foi incendiado na Praia. E em 1890, uma carga de graxa foi achada intacta na Praia do Peró. Ela era de algum navio naufragado.

Em 1907 (em 12 de dezembro) o navio Ferreira Machado naufragou na Praia. Já em 1917 um bote salva vidas com sobreviventes de um naufrágio foi parar perto das pedras na mesma praia.

Desde o século XIX até os anos 40 do século XX, o Peró englobava o Guriri, o Caminho Verde e a Ogiva. O Peró era uma grande área agrícola. Nos anos 30, a Salina Peroana era a salina mais famosa da localidade.

Os turistas descobriram o Peró nos anos 50, quando muitos jovens passaram a acampar em suas praias. O acesso era ruim, por estrada de terra. Uma pequena ponte de madeira na atual Ogiva era o único acesso às praias. Apenas dois bares funcionavam nesta época: o da francesa (atual Jamil) e um outro na entrada da praia (onde hoje está o Âncora).

Na década de 50 começa a transformação do bairro, que vai deixando de ter fazendas e salinas para ter loteamentos. Os primeiros deles aparecem à venda nos jornais do Rio.

Em 1959, uma grande operação de treinamento de Guerra (Operação Badejo) foi realizada na Praia do Peró, com centenas de fuzileiros desembarcando na praia vindo em barcos de Guerra. Era uma operação militar comum na época da Guerra Fria. Neste mesmo ano, uma professora caiu das pedras no mar, mas sobreviveu.

O Peró só começou a bombar de gente nos anos 70 e 80, quando surfistas e turistas descobriram suas praias. Nos anos 70, surge o Bar do Valmir, muito frequentado pelos turistas.

Hoje, o bairro, muito menor em extensão do que era antes, já perdeu espaço para a Ogiva e o Guriri se tornou praticamente independente tem cerca de 6 mil moradores e uma boa infra estrutura.

Fonte: José Francisco de Moura – Historiador e morador do Peró .