
O Formigueiro do litoral é o símbolo do Parque Estadual da Costa do Sol e considerado a única espécie de ave endêmica de restinga em todo o litoral do Brasil (Gonzaga & Pacheco, 1990), estando ameaçada nos níveis global (IUCN, 2004) nacional (Machado et al. 2005) e regional (Alves et al., 2000).
Mede 14 centímetros de comprimento e pesa 15 gramas. O macho é negro com detalhes em branco, bem visíveis nas asas e na cauda, curiosamente adornada por pequenos círculos. Já a fêmea tem a face clara, coberta por uma máscara negra sobre os olhos; o dorso é castanho e o ventre, bem claro, resultando em uma excelente camuflagem.
A ocorrência de F. littoralis restringiu-se às áreas de restinga e formações litorâneas próximas, incluindo um novo registro em Búzios. Foi constatada a ausência da espécie nos diferentes remanescentes de Mata Atlântica investigados no interior do continente.
Sua distribuição é restrita à Região dos Lagos (RJ), com ocorrência registrada para os municípios de Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo (restinga de Massambaba), São Pedro D’Aldeia, Cabo Frio (Gonzaga & Pacheco, 1990) e mais recentemente para Iguaba Grande (Vecchi & Alves, no prelo).
Nome Científico: Formicivora littoralis
Estado de Conservação: Em perigo crítico
Classificação Científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Tyranni
Parvordem: Thamnophilida
Família: Thamnophilinae
Espécie: F. littoralis
Fonte: www.wikiaves.com.br
O Parque Estadual da Costa do Sol possui uma grande variedade de aves que podem ser observadas em todos os seus núcleos. Bem conhecidas e fáceis de serem observadas, essas espécies possuem, em sua maioria, hábitos diurnos e podem ser localizadas por sua vocalização. A observação de aves pode ser feita em todas épocas do ano.
Para iniciar não é necessário nenhum treinamento específico, basta ter disposição e adquirir alguns conhecimentos básicos de como se comportar e utilizar um binóculo ou uma luneta para uma observação mais detalhada. Vem Passarinhar!!!
O inventário da avifauna na região do Cabo Frio pode-se identificar e dividir as espécies em dois grupos: aves residentes e migratórias. As aves residentes são aquelas que se reproduzem no local onde vivem enquanto as aves migratórias são as aves encontradas em um determinado local em busca de alimentação e descanso em determinadas épocas do ano. O município de Cabo Frio é dono de uma diversidade exuberante de aves, sendo algumas espécies endêmicas e outras encontradas em estado de ameaça de extinção segundo o grau IUCN.
Com destaque para o formigueiro do litoral (formicivora littoralis), a sua distribuição se restringe a uma extensão de apenas 200 km2 em uma área bem fragmentada e impactada, o que faz dessa uma das espécies mais ameaçadas do mundo. São comuns também as gaivotas e algumas espécies de gaviões e corujas buraqueiras (Athene cunicularia). Também fazem parte da fauna o urubu caçador (Cathartes aura), o urubu comum (Coragyps atratus), o anu branco (Guira guira) e também o gavião de coleira (Falco femoralis).